segunda-feira, 29 de junho de 2009

Apresentação

Este blog é um dos produtos elaborados, em 2009 1, pelos alunos do 7o período do curso de Jornalismo da UFV na disciplina Atividades Programadas em Jornalismo (Multimídia).

A proposta foi apresentar conceitos, exemplos, autores, tutoriais etc sobre temas relevantes para o jornalismo na "era multimídia".

Navegue pela página inicial de um dos cinco temas estudados:

- Reportagem Multimídia

- Jornalismo Móvel

- Jornalismo e Mapas

- Infografia Multimídia

- Newsgames

Comentários serão muito bem-vindos.

Carlos d'Andréa

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Newsgames: a informação em forma de jogos

Os NewsGames são jogos feitos a partir de acontecimentos e informações verídicas, daí a palavra “News” no termo, podendo ser definidos grosso modo, como a notícia em forma de game, isto é, inserida no universo da internet banda larga, a informação é transmitida de forma atrativa, sendo adaptada para ser apreendida e entreter ao mesmo tempo. Com o advento de novas tecnologias, cada vez mais o jornalismo tem feito uso de novas ferramentas para inovar as formas de divulgação de notícia. Dessa forma, a web tem sido palco de formas criativas de veiculação informativa, como é o caso de newsgames, cujos conceitos tem a ver com a evolução dos serious games e têm a ver com uma nova forma de produzir a notícia: através de jogos interativos.
Para Tiago Dória, Newsgames é um conceito que surgiu, mais ou menos, em 2003 e refere-se a jogos feitos com base em notícias ou um acontecimento em curso. Desde o ElPais até o The New York Times já fizeram alguns experimentos com o formato.
Mas já em 2002, o jornal El Mundo online publicava infográficos digitais. Havia então, a mistura de ilustrações, informações e uma base narrativa que contribuiu para o surgimento dos chamados NewsGames, jogos feitos a partir de acontecimentos e informações verídicas.
Mas é em 2004, que surge a primeira experiência no exterior, com o jornal espanhol El País, chamado Play Madrid. O newsgame busca manter acesa a lembrança da tragédia ocasionada pelos ataques terroristas na capital. A primeira experiência no Brasil foi iniciativa do G1, em outubro de 2007.
Os NewsGames ainda estão em consolidação pelo pouco tempo da criação do primeiro jogo. e pelas poucas experiências no Brasil e no mundo. A aposta neste novo formato de disponibilizar o conteúdo noticioso está pela franca expansão da indústria de games que só em 2007, rendeu US$ 9,5 bilhões. Outro fato é que pesquisa feita por Howard Finberg, um dos diretores da Poynter, afirmou que a taxa de retenção de informação em um Newsgame é de 70 a 80%, enquanto num meio com texto e elementos multimídia (áudio e vídeo) a taxa é de 50%. Soma-se a isso, que o jornalismo tradicional, que prima pelo lead e pirâmide invertida vem sofrendo uma significativa perda de mercado.
Aí entra uma polêmica se esse novo formato de disponibilizar as notícias é jornalismo ou não. Para os que defendem os newsgames como uma nova forma de jornalismo um dos argumentos é que eles fazem a apropriação de narrativas de diversas linguagens: texto, vídeo, gráficos, e que ainda conta com a participação do leitor, chamado por Deak (2007) de usuário.
Já os argumentos que afastam os newsgames do jornalismo é a associação feita entre os jogos e o entretenimento. Esse teria um potencial alienante, em seu sentido puro, ligado a indústria do entretenimento. Segundo Deak (2007), os instrumentos desenvolvidos pela mesma podem ter um viés alienante, mas também podem ser utilizadas para educação ou para o jornalismo.
Nos posts a seguir, o internauta poderá ver o que dizem pesquisadores sobre esse novo formato, experiências no Brasil e no Exterior e um reflexão se o NewsGame é jornalismo ou não.

Os responsáveis por este trabalho são: Agnaldo Montesso, Fernanda Couto, Gisele Nishiyama, José Tarcísio Filho, Luciana Melo, Lúcio Érico, Mário Vítor Filho, Sabrina Areias

NewsGames: Entenda alguns termos

  1. NewsGames – informações editadas em formato de game, culminando com a proposta de um novo modelo de Jornalismo Online
  2. Seriuos games ( jogo sério)- termo utilizado para referir-se a um software ou hardware com a aplicação desenvolvida para uma outra finalidade que não seja primária pura diversão, como treinamento. Exemplos: Microsoft Flight Simulator desenvolvido como uma simulação de aviação civil e Darfur é Morrer (Internet) Um jogo on-line pela mtvU que simula vida em um campo refugiados Darfur.
  3. Mashup – é uma aplicação que combina elementos e conteúdos de outras ferramentas, formando uma nova.
  4. Card Game – Jogos de cartas colecionáveis de futebol e baseball, por exemplo
  5. Advergame – (fusão das palavras inglesas Advertise = propaganda e videogame = jogo eletrônico ou simplesmente game = jogo). nome dado a estratégia de comunicação mercadológica (ferramenta do marketing) que usa jogos, em particular os eletrônicos, como ferramentas para divulgar e promover marcas, produtos, organizações e/ou pontos de vista.
  6. Quiz – é uma forma de avaliar uma grande quantidade de pessoas com um questionário com respostas do tipo "certo ou errado" e chegar em um consenso geral.
Os responsáveis por este trabalho são: Agnaldo Montesso, Fernanda Couto, Gisele Nishiyama, José Tarcísio Filho, Luciana Melo, Lúcio Érico, Mário Vítor Filho, Sabrina Areias

NewsGames: Conceitos

Os NewsGames são jogos feitos a partir de acontecimentos e informações verídicas, daí a palavra “News” no termo, podendo ser definidos grosso modo, como a notícia em forma de game, isto é, inserida no universo da internet banda larga, a informação é transmitida de forma atrativa, sendo adaptada para ser apreendida e entreter ao mesmo tempo.
O jornalista Tiago Dória define os newsgames como um novo formato que vem sendo utilizado em caráter experimental pelos maiores jornais do mundo. Sendo um conceito que surgiu, mais ou menos, em 2003 e refere-se a jogos feitos com base em notícias ou um acontecimento em curso. Desde o ElPais até o The New York Times já fizeram alguns experimentos com o formato.
Contudo, embora o conceito tenha aparecido apenas atualemente, segundo Lima Jr (2008) essa adaptação de disponibilidade de conteúdo informativo de forma rica sensorialmente, tem origem há quase um século, tendo em vista que para Jon Burton, a “mídia noticiosa tem uma longa tradição em oferecer aos seus leitores quebra-cabeças e games. A primeira palavra-cruzada apareceu no jornal New York World, em 1913”. (BURTON, 2005, p.88 apud Lima JR, 2008, p.7)
O editor da Superinteressante Online, Rafael Kenski, que produz seus próprios newsgames dentro da Redação, afirma que o newsgames é um braço do 'seriuos games' tendo como objetivo passar uma mensagem ou ensinar alguma coisa de forma quente.
O estudioso dos newsgames Geraldo Seabra, também possui o mesmo pensamento, adotando a definição de informação como “transmissão de conhecimentos", nesse caso, a informação das narrativas dos games pode nem sempre aparecer de forma explícita, clara, como numa exposição de aula tradicional, ou numa manchete de jornal, de forma descritiva, mas de forma sedutora, pois "Quanto mais estivermos pessoalmente envolvidos com uma informação, mais fácil será lembrá-la" (LÉVY, 1993, apud Geraldo Seabra)
Seabra ainda discute o fato do NewsGames propor a subversão da edição e disponibilização tradicional da notícia, além de também subverter a narrativa tradicional dos games, ao estabelecer um novo paradigma ao abrir possibilidade para o jogador criar seus próprios games, em tempo real, de acordo com suas afinidades e interesse. Assim, "os jogadores podem desenvolver um jogo a partir de um game pré- formatado, ou até criar o seu próprio jogo, usando ferramentas virtuais de criação, munindo-se de informações noticiosas como mais um elemento narrativo."

Os responsáveis por este trabalho são: Agnaldo Montesso, Fernanda Couto, Gisele Nishiyama, José Tarcísio Filho, Luciana Melo, Lúcio Érico, Mário Vítor Filho, Sabrina Areias

News Games: e aqui Brasil parte 1

  • Eleições nos EUA
O site G1 disponibiliza diversos NewsGames. Geralmente eles têm como gancho algum acontecimento factual, e assim, aproveitam para abordar um histórico. Um exemplo é sobre as eleições dos Estados Unidos, lançado no dia 30 de janeiro de 2009. Antes e durante o Quiz, o internauta pode obter ajudar através de uma “colinha”. Nesta página há informações sintetizadas sobre os acontecimentos e o funcionamento das eleições norte americanas. O objetivo é contextualizar a pessoa que não tem informações básicas sobre o assunto.
Antes de iniciar o jogo, o G1 provoca o leitor: “Você sabe onde Obama nasceu?”; “O G1 quer testar os seus conhecimentos sobre as eleições dos Estados Unidos”. Ao começar o jogo, são feitas perguntas com quatro opções de resposta. Independente do acerto ou erro, após cada resposta uma imagem relacionada ao tema da pergunta aparece e um link é disponibilizado para obter mais informações. No caso, em uma das etapas é questionado de qual Estado Hillary Clinton era senadora. Após a resposta do internauta, ele poderia ver o perfil completo da ex-candidata a presidência dos EUA. Ao terminar as dez questões, aparece o número total de erros e acertos como uma frase de parabenização ou crítica.
O que se percebe nos news games do portal G1, é que eles além de disponibilizar o jogo, também oferecem conteúdos relacionados para que a pessoa possa se informar melhor sobre o assunto, e é claro, continue navegando pelo site.

  • Desafio dos Craques
O jogo informativo é disponibilizado pelo site estadão.com.br. O formato é interessante, se assemelhando muito ao método de cartas. O internauta joga contra o “computador”, cada um começa com 23 cartas. Em cada uma tem o perfil do desempenho de um jogador de futebol, no total, nove dados são disponibilizados. O objetivo é que quem esteja jogando escolha o número em que o jogador em questão tenha mais vantagens em relação a carta que está com o adversário. Por exemplo: o internauta está com a carta do Zico que possui 249 jogos, caso o computador tenha a carta do Keirrison, que possui só 31 jogos, o internauta ganhará a carta do computador. Quem ganhar todas as cartas do jogo é o vencedor.

O tema do newsgame é o futebol com foco no Brasileirão. Jogadores de todas as épocas são colocados em questão, desde Zico até Ronaldo. O formato é interessante, diferente dos demais que se assemelham a um quiz. O único problema desse jogo é o fato de não possuir links para que o internauta possa ler mais sobre o assunto, as únicas notícias disponíveis são as factuais, que ficam no espaço de “últimas notícias”, sendo que muitas delas não são relacionadas com o futebol e muito menos com o campeonato brasileirão.
O jogo pode acessado em:

  • Ajude Barack Obama assumir a presidência
O jogo, que foi disponibilizado pelo portal Uol em 16 de janeiro de 2009, é baseado em um quiz de perguntas e respostas. O objetivo é responder, e acertar, nove perguntas para que Barack Obama possa tomar a sua posse. A cada acerto, o atual presidente dos EUA pula uma urna. Caso o internauta erre, ele pode tentar de novo sem nenhuma perda, ou até pedir uma dica disponibilizada no canto superior da tela. Um fato interessante, é que logo após cada acerto, é contada alguma informação sobre o modo como é realizada a posse dos presidentes norte-americanos, além de algumas curiosidades sobre a história da política deste país. Quando o jogador erra, aparece o McCain fazendo um sinal negativo. Ao terminar o ciclo de perguntas, o game parabeniza dizendo que “você ajudou Obama a tomar posse”.


O jogo é bastante informativo, são exibidas muitas curiosidades difíceis de serem encontradas em um jornal, por exemplo. As perguntas são focadas em Obama e nas pessoas/acontecimentos que se relacionam com a sua corrida presidencial. Caso o internauta queria saber mais sobre o assunto, é disponibilizado um link que direciona para uma página com um especial sobre a posse do presidente.

Os responsáveis por este trabalho são: Agnaldo Montesso, Fernanda Couto, Gisele Nishiyama, José Tarcísio Filho, Luciana Melo, Lúcio Érico, Mário Vítor Filho, Sabrina Areias

NewsGames: aqui no Brasil parte 2

  • ÁudioPop
O Áudiopop, funciona em formato de quiz, a qual o jogador irá testar os seus conhecimentos para ver se realmente está atualizado quanto às personalidades políticas, mas com um diferencial: você deve reconhecer os donos das 12 frases de áudio. Uma característica interessante do newsgame é exatamente essa: misturar o lado educacional com diversão, algo que o jornalismo estava perdendo.

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  • Games das eleições
O Portal Uai, lançou o “Game das Eleições” em 2008, na época das eleições municipais em Belo Horizonte. O jogo compara a opinião de internautas da cidade sobre temas importantes e em alta, com a opinião dos 9 candidatos que estavam concorrendo à prefeitura. Navegando no Portal, é possível também assistir a uma reportagem produzida pela TV Alterosa sobre esse Game, que trouxe um novo modo de lançar bases a escolhas de candidatos.


A revista Veja também fez uso deste tema para colocar ao ar um newsgame: a versão on-line da revista disponibilizou um game sobre as eleições municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo.
A revista Superinteressante, é, da mesma forma, uma adepta dessa novidade. Porém, caracteriza os jogos como infográficos online. Por meio desses jogos, o leitor da revista pode aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, veiculado na edição impressa.
O editor da Superinteressante online, Rafael Kenski, afirma que o newsgame é um braço dos serious game, é ele quem produz seus próprios newsgames dentro da redação da revista. Um bom exemplo que tem criado grande repercussão na rede é o caso do Jogo da Máfia criado a partir da reportagem de capa da edição número 262, fevereiro de 2009.
O NewsGame da Máfia usa como cenários as regiões onde as organizações criminosas comercializam seus produtos como por exemplo drogas, armas e até mesmo jogadores de futebol. Um dos objetivos do jogo é que você enriqueça comprando barato e vendendo caro, até “subir” para cargos mais altos dentro da organização.
Com o intuito de “simular” as mesmas operações, nesse jogo da máfia o jogador é um policial infiltrado nessa organização, que deve crescer dentro da organização, ao ponto de conhecer o chefão e prendê-lo. Para isso, o jogador deve obter lucro em suas negociações, mas enfrentando dificuldades similares a da vida real, como: escapar da Interpol: seja por suborno ou fugindo com a mercadoria e custo das viagens.
Cada parte do mundo “produz algo que é mais barato”, nesse caso, o que é mais barato é devido à natureza de onde geralmente surgem as grandes negociações daquele produto ilegal no país, baseado na vida real. Por exemplo: A América do Sul possui menor taxa para negociação de jogadores de Futebol, mas vale o triplo na Europa.
Com uma dinâmica simples, o jogo é fácil de jogar, exigindo apenas paciência, baseado em uma plataforma de jogos de estratégia. A informação aparece nas viagens: quando o jogador decidi se deslocar de um país para outro, aparece um quadro de informações sobre esse novo “ambiente”, com informações sobre o tipo de contrabando que há no país, sendo o mais barato aquele que representa a principal atividade criminosa do país em questão.
Um jogo com informações interessantes, viciante e intuitivo, esse é um ótimo exemplo de News game, que diverte e informa.

Os responsáveis por este trabalho são: Agnaldo Montesso, Fernanda Couto, Gisele Nishiyama, José Tarcísio Filho, Luciana Melo, Lúcio Érico, Mário Vítor Filho, Sabrina Areias

NewsGames: Experiências no Exterior

  • Food Import Folly
Este newsgame não possui um objetivo de informar um fato apenas, mas de evidenciar a visão do jornal, neste caso, do The New York Times. As informações jornalísticas se encontram no início do jogo . Há um tutorial ensinando como jogar. Há também uma aba com todos os artigos publicados pelo jornal, relacionados com um determinado tema.

O fato jornalístico que do newsgame em questão é sobre a importação de comida para os Estados Unidos: nesse caso, o jornal critica a F.D.A, que devido ao alto crescimento nos níveis de importação, e a redução de inspetores, não tem conseguido vistoriar todo alimento que chega ao país em questão; Os riscos alegados é que sem essas vistorias o país pode ser contaminado através da comida.
Não muito diferente da realidade, o jogador deve colocar inspetores nas entradas do país, treinar novos inspetores, quando possível, sendo que o objetivo do jogo é não deixar entrar alimentos sem a vistoria do inspetor, e quanto mais produtos alimentícios você fiscalizar, mais pontos você ganha. Talvez o que chama mais atenção no jogo, é o ritmo frenético das importações, que crescem a cada ano, assim como na vida real, dando a “experiência”, de como é difícil para a F.D.A vistoriar.

Outras experiências no exterior:

Os responsáveis por este trabalho são: Agnaldo Montesso, Fernanda Couto, Gisele Nishiyama, José Tarcísio Filho, Luciana Melo, Lúcio Érico, Mário Vítor Filho, Sabrina Areias

Newsgame: jornalismo ou não?

As animações gráficas avançadas e os infográficos do jornalismo proporcionam cada vez mais as sensações provocadas por um jogo de videogame. Mas fica ainda a dúvida: os Newsgames são jornalismo ou não?
Para aqueles que já consideram os Newsgames como um novo tipo de jornalismo um dos argumentos é a experiência que ele tem em apropriação de narrativas de diversas linguagens, assim como aconteceu a apropriação do cinema pelo documentário, e da literatura pelo New Journalism. Também existe uma nova tendência na biografia contada como forma de história em quadrinhos. Nesse sentido os Newsgames aparecem como uma narrativa eletrônica que mistura elementos de todas as outras: do texto, do vídeo, dos gráficos e ainda conta com a participação do leitor, que segundo Deak (2007) recebe o nome de usuário.
Já os argumentos que afastam os newsgames do jornalismo é a associação feita entre os jogos e o entretenimento. Esse teria um potencial alienante, em seu sentido puro, ligado a indústria do entretenimento. Segundo Deak (2007), os instrumentos desenvolvidos pela mesma podem ter um viés alienante, mas também podem ser utilizadas para educação ou para o jornalismo.
Segundo Andrade (2008), os Newsgames devem ser vistos como emuladores de notícias. Eles ainda fornecem uma leitura mais engajada do fato. Um dos diretores da Poynter (um dos principais sites sobre jornalismo on line) Howard Finberg, afirmou que a taxa de retenção de informação em um Newsgame é de 70 a 80%, enquanto num meio com texto e elementos multimídia (áudio e vídeo) a taxa é de 50%.
A relação da comunicação social com o videogame já é algo que vem sendo discutido. Andrade (2008) em suas pesquisas detectou o uso dessa ferramenta na publicidade, nas relações publicas e no jornalismo. Na publicidade o termo usado é o Advergames. Podemos observar alguns jogos inclusive em publicidades do MSN. Nas relações públicas, o termo é Serious Games. Ele tem esse nome porque é usado para discutir questões sérias e para persuadir o usuário durante o jogo, e até mesmo como um treinamentos. No Second Life, a IBM utiliza salas de conferências virtuais para treinar seus consultores. Finalmente, no jornalismo, essa ferramenta emergente tem o nome de Newsgames.
Para Andrade (2008), os Newsgames encaixam-se perfeitamente no conceito de jornalismo on line por agregar seus seis principais princípios: a multimidialidade, a interatividade, a hipertextualidade, a personificação, a memória e a instantaneidade.
O jornalismo, para Deak (2007) não pode ser considerado um formato, mas sim um conteúdo e a maneira que ele foi elaborado, com uma série de procedimentos éticos para apurar um fato. Para o autor, a experimentação do jornalismo em forma de Newgames é uma possibilidade, que se não foi inventada, futuramente o será. Já para Andrade (2008), newsgames é uma forma de jornalismo em construção que deve ser discutido em seus efeitos de produção, circulação e recepção que serão avaliados posteriormente.

Os responsáveis por este trabalho são: Agnaldo Montesso, Fernanda Couto, Gisele Nishiyama, José Tarcísio Filho, Luciana Melo, Lúcio Érico, Mário Vítor Filho, Sabrina Areias

NewsGames: Como fazer?

Os responsáveis por este trabalho são: Agnaldo Montesso, Fernanda Couto, Gisele Nishiyama, José Tarcísio Filho, Luciana Melo, Lúcio Érico, Mário Vítor Filho, Sabrina Areias

NewsGames: Referências bibliográficas

SEABRA, G. NewsGames - Games como Emuladores de Notícia: uma proposta de modelo de jornalismo on-line. Disponível em: http://www.slideshare.net/seabhra/artigo-games-como-emuladores-de-notcia-198569> Acesso em: 13 de jun. 2009.

DORIA, T. O que são newsgames? Disponível em: <http://www.tiagodoria.ig.com.br/2008/03/10/o-que-sao-newsgames/> Acesso em: 13 de jun. 2009.

DEAK, A. Nova prosa para novas mídias. Disponível em: <http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=418ENO001>. Acesso em: 13 de jun. 2009.

DEAK, A. Newsgames: jogo da máfia. Disponível em: <http://www.andredeak.com.br/2009/04/08/newsgames-jogo-da-mafia/>. Acesso em: 13 de jun. 2009.

Candidate Match Game. Disponível em: <http://www.usatoday.com/news/politics/election2008/candidate-match-game.htm>. Acesso em: 13 de jun. 2009.

Quais candidates pensam igual a você? Disponível em: <http://veja.abril.com.br/politica/enquete-candidatos-rj.html>. Acesso em: 13 de jun. 2009.

Campaign Rush. Disponível em: <http://edition.cnn.com/ELECTION/2008/campaign.rush/>. Acesso em: 13 de jun. 2009.

Jogue o quis das personalidades políticas. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL269009-5602,00-JOGUE+O+QUIZ+DAS+PERSONALIDADES+POLITICAS.html;. Acesso em: 13 de jun. 2009.

Desafio de craques. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/especiais/desafio-de-craques,56928.htm;. Acesso em: 13 de jun. 2009.

Do Odyssey 100 à teoria do newsgames: uma genealogia dos videogames como emuladores de informação. Disponível em: <http://www.slideshare.net/BlogNewsGames/artigo-cientfico-do-odyssey-100-teoria-do-newsgames-uma-genealogia-dos-games-como-emuladores-de-informao-presentation-726566.; Acesso em: 13 de jun. de 2009.

O jogo da máfia. Disponível em: <http://origin.super.abril.com.br/infograficos/info_420553.shtml;. Acesso em: 16 de jun. 2009.

SEABRA, G. Blog dos NewsGames completa um ano apostando nos games como notícia. Disponível em: http://blogdonewsgames.blogspot.com/> Acesso em: 16 jun. 2009.

VENTURA, T. Game das eleições gera debate em blogs: novos formatos de conteúdo agregam interatividade na transmissão de notícias. Disponível em: <http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_20/2008/08/14/em_noticia_interna,id_sessao=20&id_noticia=75606/em_noticia_interna.shtml> Acesso em: 16 jun. 2009.

Game das eleições 2008. Disponível em: <http://sites2.uai.com.br/eleicoes2008_game/> Acesso em: 16 de jun. 2009.

É um jogo? Uma reportagem? Uma notícia? Não. É o newsgame! Disponível em: <http://www.institutoclaro.org.br/observatorio/noticias/detalhe/newsgames-permitem-aprendizado-a-partir-de-uma-mescla-de-narrativas> Acesso em: 16 de jun. 2009.

DORIA, T. Veja lança “newsgame” sobre eleições. Disponível em: http://www.tiagodoria.ig.com.br/category/newsgaming/> Acesso em: 16 de jun. 2009.

PACETE, L. Interagindo com a notícia. Disponível em: <http://gluiz17.blogspot.com/> Acesso em: 16 de jun. 2009.

Mind Games: food import folly. Disponível em: http://select.nytimes.com/2007/05/24/opinion/20070524_FOLLIES_GRAPHIC.html?_r=3&oref=slogin#. Acesso em: 16 de jun. 2009.

LIMA, Jr. Walter Teixeira. Tecnologias emergentes desafiam o Jornalismo a descobrir novos formatos de conteúdo.In: Intercom- Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XXXI Congresso Brasileiro das Ciências da Comunicação.- Natal RN- 2 a 6 de setembro de 2008.

Jogue o Quiz das eleições dos EUA. Disponível em: http :// g1 .globo. com /Noticias /Mundo/0,,MUL279921-5602,00-JOGUE+O+QUIZ+DAS+ELEICOES+DOS+EUA.html. Acesso em: 16 de jun. 2009.

Jogo: ajude Barack Obama a assumir a presidência dos Estados Unidos. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ultnot/infografico/2009/01/16/ult3224u109.jhtm. Acesso em: 16 de jun. 2009.


Os responsáveis por este trabalho são: Agnaldo Montesso, Fernanda Couto, Gisele Nishiyama, José Tarcísio Filho, Luciana Melo, Lúcio Érico, Mário Vítor Filho, Sabrina Areias

NewsGames: Apresentação

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Infografia

Diante das novas tecnológicas e das transformações nos rígidos modelos comunicativos, devemos repensar as linguagens e os modos de atuação das mídias, bem como qual impacto essas modificações trazem ao Jornalismo.
A Internet oferece ao Jornalismo novas maneiras de transmitir informação e, uma delas, é pela Infografia Multimídia, que alia informação e conteúdo a imagens e animação, tornando a informação mais atrativa e pontual.
Entretanto, vale ressaltar que os infográficos não ocupam o lugar do texto, mas sim trazem um complemento para a notícia que se quer mostrar. Desse modo, ele deve ser usado nos seguintes casos:
  • Quando não há fotografias, ou elas dizem pouco sobre o fato;
  • Quando a noticia encontra-se rodeada de mistério;
  • Para dar uma explicação mais minuciosa;
  • Apresentar uma sinopse;
  • Mostrar o interior de um edifício;
  • Quando o acontecimento é um assassinato ou acidente; Informar fenômenos espaciais ou da natureza, etc.

Existem diversos tipos de infográficos, sendo mais comuns os seguintes:
  • Por categorias: narrativos, instrutivos, explorativos e simulatórios.
  • Por tipo: autônomo e complementar
  • Por estado: de atualidade e de memória Por categoria: seqüencial, relacional e espacial.

Nesse blog você vai encontrar os conceitos de infográficos, os exemplos de infográficos, os modos de se produzir um infográfico os programas utilizados para produzi-los, de que forma os infográficos aparecem na na mídia brasileira e nas do exterior e ainda vai contar com links e bibliografias para se adentrar ainda mais nas possibilidades oferecidas pela infografia.



Grupo: Ana Paula Nunes , Débora Bravo,Gabriele Maciel, Mariana Andrade, Maristella Paiva e Mônica Bento - estudantes do 7º Período do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFV.

Infografia: e lá no exterior?

Ao contrário do que se poderia imaginar, as experiências com infografia multimídia na mídia internacional não são tão superiores a sua utilização na mídia brasileira. Revistas e jornais de grande porte dedicam espaço em seus sites para os infográficos multimídia, mas sem abandonar o uso de infográficos estáticos, convencionais. Algumas experiências e inovações, entretanto, merecem destaque.

Jornal espanhol El Mundo: é um dos destaques em infografia multimídia. Em artigo de 2004, Steve Outing discorre sobre o Jornal El Mundo, e porque ele pode ser considerado o melhor produtor de infografias para internet. Ele aponta diversas características que fazem do jornal espanhol um dos melhores neste segmento, como ter uma equipe apenas para a criação, a rapidez com que criam e disponibilizam os infográficos, a dedicação a pesquisar e desenvolver novos modelos para a infografia e o trabalho conjunto (porém autônomo) com a equipe responsável pela infografia do jornal impresso, por exemplo.

Alberto Cairo destaca que o sucesso da infografia multimídia no El Mundo se deve ao fato deles trabalharem com templates (uma espécie de “pré-moldura” do infográfico), o que permite que seja dada mais atenção ao conteúdo dos infográficos, permitindo que eles sejam disponibilizados mais rapidamente. Ele diz também que é importante que a navegação no infográfico multimídia “faça sentido”, ou seja, que o usuário consiga entender os comandos utilizados na navegação, saiba onde clicar para ter determinadas informações, por exemplo.

Um exemplo clássico de como os infográficos do El Mundo trazem informação (e são feitos rapidamente) são os infográficos referentes ao atentado terrorista aos trens em Madri (11 de março de 2003). Os infográficos foram disponibilizados poucas horas após os atentados, e eram constantemente atualizados.

Alberto Cairo disse, no artigo acima, de 2004, que o tempo gasto para produzir um infográfico de boa qualidade reduziu bastante se comparado com quando começaram a investir em infografia multimídia, no ano 2000. Esse foi o caso do infográfico produzido sobre um tiroteio em Madri, que demorou apenas 4 horas para ser disponibilizado e um outro que demorou apenas 2 horas, que retratava um acidente, que além de tudo, faz uso da interação com mapas.

Infográficos mais elaborados, que aliam diversos recursos multimídias (o tópico “La Herencia, por exemplo, é uma espécie de jogo), demandam mais tempo para sua produção. É o caso do infográfico também produzido pelo Jornal El Mundo, sobre genética, no qual foram gastas 4 semanas até que fosse disponibilizado.

Time Magazine: O site da revista Time tem uma seção dedicada aos infográficos, que se localiza dentro do tópico “fotos” e agrega infográficos estáticos (reproduzindo os gráficos que saem na revista impressa) e interativos/multimídia.

Dos arquivos disponíveis no site, o primeiro infográfico multimídia data de outubro de 2004. É uma animação sobre o “funcionamento” de um vulcão.

Em 2007, no infográfico “One Day in America”, por outro lado, já integrou-se mapas, “gráficos de torre” e gráficos interativos, onde o usuário insere valores particulares e compara com a média norte-americana. O infográfico é mais interativo, dinâmico.

Infográficos e eleições: No post do dia 4 de junho, no blog Journalism Labs, os jornalistas da BBC comentaram a cobertura das eleições para o parlamento europeu, no começo do mês, e como eles fizeram para integrar TV e site. Uma tela sensível ao toque foi instalada nos estúdios de TV, e o apresentador utilizava o infográfico disponível no site para comentar as eleições. Os espectadores podiam ir eles mesmos ao site e explorar o infográfico, que explicava a constituição do parlamento, de acordo com os países e os partidos políticos. A estratégia de utilizar na TV um infográfico multimídia que pode ser acessado por qualquer usuário é nova, e, de acordo com a BBC, é um “teste” para a cobertura que pretendem fazer das próximas eleições gerais do Reino Unido.


Infográficos e economia: Os gráficos sempre foram muito utilizados para tratar de economia, seja em impressos ou na TV. O site do jornal USA Today, ao invés de disponibilizar uma página com diversos infográficos, criou um infográfico padrão, de acordo com um índice de medição econômica, e uma tabela de indicadores que influenciam no índice. O usuário pode analisar o primeiro gráfico ou explorar as variações de acordo com cada indicador.

Prêmio para infografia multimídia: A SND – Society for New Design é uma organização, criada em 1978, que reúne pessoas e empresas que fazem uso e se interessam por “jornalismo visual”. Todos os anos a SND organiza uma premiação que reconhece os melhores trabalhos em design multimídia, o SND.ies. O El Mundo sempre está entre os finalistas, mas é interessante observar a variedade de infográficos que concorrem e são classificados.


Grupo: Ana Paula Nunes , Débora Bravo,Gabriele Maciel, Mariana Andrade, Maristella Paiva e Mônica Bento - estudantes do 7º Período do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFV.

Infografia no Brasil

Segundo Alberto Cairo, professor de gráficos de informação e multimídia na Escola de Jornalismo da Universidade da Carolina do Norte (Chapel Hill, EUA), um dos principais problemas da infografia brasileira é como são feitas em geral as reconstruções visuais de assaltos, acidentes, catástrofes, etc. Ele pontua que háuma ênfase excessiva em fazer gráficos “espetaculares”, o que leva o designer a incluir muitos detalhes que, na verdade, não sabe se são verdade ou não.

Ainda segundo Cairo, o gráfico mais comumente usado no Brasil é o modelo storyboard: história em quadrinhos que “explica” uma notícia. Porém deve se atentar ao fato de que o infografista não conhece todos os detalhes que, por vezes, mostra no gráfico, por exemplo, as roupas do assaltante, sua expressão facial, etc.? A resposta, na maior parte dos casos, é que não sabe. Assim, na verdade, está inventando detalhes, o que fere a prática jornalística. Em março de 2009, pelo terceiro ano consecutivo, ocorreu a Mostra Nacional de Infografia, iniciativa de Mário Kano, editor adjunto do Jornal Folha de S. Paulo.

As melhores infografias, segundo a amostra foram reunidas em uma apostila, que pode ser acessada aqui.

Outros exemplos brasileiros podem ser acessados aqui.

Grupo: Ana Paula Nunes , Débora Bravo,Gabriele Maciel, Mariana Andrade, Maristella Paiva e Mônica Bento - estudantes do 7º Período do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFV.

Infográficos: como fazer?

De acordo com uma palestra de Nizan Guanaes, renomado publicitário, as publicidades, desdobrando-se aí para os infográficos, devem ser simples. Para isso explicar esse conceito ele utiliza-se da seguinte metáfora: “imagine que você tem 5 bolinhas de tênis e joga em cima de uma pessoa. No susto, a probabilidade dela não pegar nenhuma é muito grande. Mas se você joga apenas uma, ela pegará com certeza. É o tipo de idéia que cai como uma luva para a realidade dos diários”.

Desse modo, postula–se que a simplicidade deve ser uma aliada quando se pensa em infografia, sendo que é mais interessante só mostrar, com um simples zoom, o que causou o acidente no teleférico, do que colocar imagens espetaculares em 3D.

Portanto, para se construir um infográfico é necessário passar por seis etapas:

  • Primeira: Concentre-se na idéia. Ela tem que acrescentar reforçar e/ou facilitar a visualização do assunto, fazer a história ficar mais atraente e relevante e a imagem escolhida deve simplificar a compreensão.
  • Segundo: Planeje. Ele deve ser detalhado, permitindo que o artista e os editores possam visualizar todo o projeto de maneira mais efetiva, antecipando erros e pensando na página como um todo.
  • Terceiro: Investigue. O infografista deve buscar informações confiáveis para o seu texto, caso o repórter já não as tenha.
  • Quarto: Conteúdo. O conteúdo do infográfico tem que ser claro e objetivo, sem dados
  • Quinto: Edição de texto. Esta deve ser uma etapa, em que presta muita atenção nos textos e nos títulos. Além disso, não pode ser feita de última hora, já que corrigir um infográfico é muito demorado.
  • Sexto: O infográfico na página. A sua disposição na página deve ser bem pensada para que a arte não competir com as imagens. A hierarquia visual deve levar em conta o conteúdo, privilegiando o info, a foto ou o texto.

Com relação ao texto, prime pela clareza e objetividade, e, agrupe as informações similares em um mesmo subtítulo, para que o leitor vá direto ao que interessa. É importante também se o texto tiver vários blocos, que eles sejam do mesmo tamanho, para que a arte fique mais bonita. Já os títulos devem primar pela coerência com as imagens que eles retratam e com as informações que se seguem para que seja facilitada a compreensão por parte do leitor.

Infografia passo-a-passo: http://www.scribd.com/doc/8405929/Infografia-Passo-a-Passo-por-Mario-Kanno.

Veja como o Portal G1 produz seus infográficos: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL106298-6174,00.html

No vídeo a seguir o editor da Super Interessante mostra como a revista faz seus infográficos:


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Infografia: conceitos

A partir da evolução técnica em editoração houve um avanço na produção editorial, principalmente no que tange aos infográficos, que passou a ser usado constantemente. Foi se então descoberto a importância de se conjugar textos com imagens para melhorar a comunicação. Portanto, a evolução da infografia está atrelada ao desenvolvimento das possibilidades técnicas, bem como pelo desenvolvimento de softwares, capazes de incorporar inovações na parte de desenhos e ilustrações.

Alberto Cairo, professor de gráficos de informação e multimídia na Escola de Jornalismo da Universidade da Carolina do Norte (Chapel Hill, EUA) define infográfico como: (...) “ramo do jornalismo que usa a arte, tomando emprestadas ferramentas do design gráfico, da ilustração, da cartografia, da estatística e de muitas outras disciplinas”.

Já De Pablos (1999) coloca a infografia como sendo uma “informação visual que existe desde a primeira união comunicativa entre um desenho ou um pintura enfatizados por um texto alusivo”.

A partir desses conceitos devemos entender como a infografia se desenvolveu ao longo do tempo, entendo como ela é e foi utilizada e cada meio. Desse modo, os primeiros infografistas eram artistas que buscavam passar alguma informação através de uma pintura e/ou desenho. Nesse sentido, o precursor do vínculo artista-máquina foi Abraham Palatnik, que, no final dos anos 40, criou a luz artificial em movimento valendo-se de mecanismos que projetavam formas abstratas numa tela de dimensões médias. No Brasil, a tecnologia a serviço da arte se deu em 1968 com Waldemar Cordeiro e Giorgio Moscati que realizaram trabalhos de ‘computer art’, vindos da arte concreta.

Com a democratização dos computadores, softwares e da informática como um todo, foram sentidas grandes modificações no campo da infografia. Em 1995, por exemplo, tivemos uma exposição de Arte/Tecnologia no Museu de Arte Contemporânea da USP, em São Paulo. O objetivo era mostrar como as produções artísticas recentes se utilizavam dos recursos tecnológicos.

A infografia, como técnica, proveio então da união entre arte + informática. A criação de infográfico está alicerçada na imagem digital e numérica, os chamados pixels, sendo que cada ponto (ou pixel) é qualificável e quantificável separadamente quanto a sua cor, textura, luminosidade e a localização a que se refere. Desse modo, Oliveira (1997) acredita que a arte pode servir como um espectro da realidade, sendo que a tecnologia pode estar a esse serviço.

No meio impresso, a infografia é utilizada desde os primórdios, sendo que a Guerra do Golfo é considerado um marco na infografia no jornalismo mundial. Por não haver fotografias nem imagens do conflito havia a necessidade de se apropriar de algo além das notícias.

Na Web a infografia aparece de dois modos: como informação complementar de uma notícia, geralmente servindo de ilustração para o texto, ou como a própria notícia, a informação principal. Desse modo, a infografia multimídia apresenta as mesmas características da impressa, porém por ser realizada através de outros recursos tecnológicos, ela agrega potencialidades do meio. O marco para a infografia multimídia se de em 2001, no atentado terrorista de 11 de Setembro nos EUA.


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Infográficos: glossário

Photoshop: Programa de edição de imagens. Desde as primeiras versões o programa tenta superar os resultados que eram anteriormente alcançados nos laboratórios químicos de fotografia. A acessibilidade chegou a tal ponto que o mesmo programa é usado por profissionais de artes gráficas e usuários que usam para pequenos trabalhos digitais.

Macromedia Flash: O programa Flash, da empresa Macromedia, é a maior promessa para o desenvolvimento dos infográficos on-line. O programa congrega todos os requisitos considerados essenciais para esse novo tipo de comunicação: som, imagem, movimento. Além disso, ele tem a particularidade de formar arquivos de tamanho reduzido, o que permite um fácil trânsito pela rede.

Macromedia Dreamweaver: Programa de desenho web, com interface gráfica, orientado a usuários sem muita formação prévia em programação.


Texto -base do site da Fisa Produtora.


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Infográficos: exemplos

Chovem exemplos na Internet de infográficos bem feitos e que tratam de temas interessantes. Listamos alguns para vocês:

Infográficos: bibliografia e links

A Web oferece uma base material de informações, conteúdos e programas que tratam da Infografia. Esse rico material foi pesquisado e você pode encontra-los abaixo:


Artigos:
JUNIOR, W. Infografia Multimídia avança na vanguarda no campo do Jornlailsmo visual. Disponível em <http://www.periodistaseninternet.org/docto_congresos-anteriores/VcongresoBrasil/AIAPI%202004%20Walter%20Lima%20Jr.pdf>

DEAK, A. Proque a Infografia salvará o Jornalismo. Disponível em <http://www.andredeak.com.br/2008/03/09/por-que-a-infografia-salvara-o-jornalismo/>

GRADIM, A. O jornalista multimédia do século XXI . Disponível em >

JUNIOR, W. Tecnologias emergentes desafiam o Jornalismo a descobrir novos formatos de conteúdo. Disponível em <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/R3-0687-1.pdf>

Jornalismo e Tecnologias da Mobilidade Conceitos e Configurações
http://www.cencib.org/simposioabciber/PDFs/CC/Fernando%20Firmino%20da%20Silva.pdf


RIBAS, B. Infografia Multimídia: um modelo narrativo para o Webjornlaismo. Disponível em <http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/2004_ribas_infografia_multimidia.pdf>. Acesso dia 7 de Junho.


Vídeos, entrevistas e sites interessantes:
http://infografiaembasededados.wordpress.com/videos/
http://nupejoc.blogspot.com/search/label/infografia
Mostra Nacional de Infografia
http://www.riomadeiravivo.org/cenario.htm
http://www.frisaprodutora.com.br/mcv2.asp?sd=20070407215310&cat=20070622230646
http://2.0.bloguite.com/compilacoes/infografia-a-lista-definitiva.html




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Newsgames

terça-feira, 23 de junho de 2009

Jornalismo e Mapas

O Jornalismo para multimídia, característico por apresentar textos condizentes com a velocidade que o veículo apresenta, tem a possibilidade de adicionar conteúdos dinâmicos e complementares do texto. Tudo isso é possível graças a sua multimidialidade; vídeos, recursos sonoros e gráficos são comumente utilizados a fim de aprofundar e tornar o assunto mais interessante ao internauta.

Um dos recursos utilizados para garantir profundidade ao relato do fato é o mapa. O mapeamento serve como uma ilustração do que o texto aborda. Mais ainda, é uma forma de deixar os textos de internet mais ricos e com profundidade. Um exemplo de como esse recurso é benéfico ao jornalismo e ao internauta é o utilizado pelo jornal online estadunidense Washington Post. O site utiliza o recurso de mapas para complementar seus relatos, e também como uma forma de busca de notícias a partir de um mapeamento, de local e horário. Veja no post Jornalismo e Mapas - E lá fora? mais detalhes sobre esse exemplo.

Além disso, a facilidade em criar um mapa permite que o internauta exerça outra característica da multimídia, a colaboração. Além de sites que contam com o internauta na produção de conteúdo, como ocorre no site colaborativo Wikicrimes, o qual faz um mapeamento de pontos de criminalidade com a ajuda do internauta . Você também pode conferir esse e outros exemplos no post Jornalismo e Mapas - Aqui nho Brasil.

E como criar um mapa é fácil, como é mostrado pelo tutorial nesse mesmo blog, o próprio internauta pode criar um, colocar informações nele e linká-lo para um blog, por exemplo. Confira também no post Onde Mapear sites onde você pode fazer um mapeamento.

Ana Luiza Ferreira
Carolina Reis
Inês Amorim
Fernanda Mendes
Fernanda Torquato
Marcela Sia
Paula Resende
Samira Calais

sábado, 20 de junho de 2009

Jornalismo e mapas - Mídia Locativa

A expansão e a popularização da utilização do ciberespaço fizeram com que uma categoria midiática se destacasse: a mídia locativa. Nela, o conteúdo informacional vincula-se a um local específico, onde o conteúdo está diretamente ligado a uma localidade. É um processo de emissão e recepção de informações a partir de um determinado local, gerando uma intensa relação entre o espaço e a tecnologia móvel digital (mais informações no post Jornalismo Móvel).

Essa mídia locativa contribui para a transformação do espaço urbano que acaba se inserindo no digital. O ciberespaço e o espaço urbano tornam-se híbridos, alterando o este em uma ciberurbe. Esse espaço passou a ter características diferentes dos Meios de Comunicação de Massa, onde a mensagem se concentra em um ou poucos emissores. O diálogo é praticamente inexistente e o fluxo da mensagem concentra-se em apenas uma direção. No ciberespaço isso é diferente.

Essa mídia pós-massiva interage com o receptor, tornando as relações entre o ele, o espaço e a informação muito mais próximas. E o que contribui para que isso se efetive é o avanço tecnológico que possibilita a mobilidade midiática e a expansão das noções espaciais.

Como exemplos de mídia locativa existem os Geotags e o Mapeamento e Monitoramento de Movimento.

Os geotags tem objetivo de agregar informações digitais na forma de mapas, podendo ser acessada em dispositivos móveis, como o telefone celular ou laptop. Pode-se a partir de geotags agregar informações de texto a mapas, com localidades específicas. Esse sistema de compartilhamento permite a troca de informações de tags através de localização de lugares em mapas mundiais.

O Mapeamento e Monitoramento de Movimento possui funções de localização aplicadas ao mapeamento (mapping) e de monitoramento de movimento (tracing) do espaço urbano em dispositivos móveis. Com esse recurso possível traçar o percurso de uma determinada pessoa, localização de uma empresa, trajetos de cidades, trânsito, paisagens, ou representar os espaços que determinado fato relevante aconteceu.Outro aplicativo que contribui para a realização de mapas é o mashup, ou seja, a mistura de dados provenientes de mais de uma fonte. Por exemplo, para formular um mapa se escolhe fotografias, informações encontradas de determinado lugar e a partir do Google Maps se constrói um mapa ilustrado com diversas informações sobre o espaço.


Para você entender melhor, aí vai um glossário com os principais termos que englobam a mídia locativa.

Mídia locativa: conjunto de dispositivos informacionais digitais no qual o conteúdo está diretamente ligado a uma localidade específica.

Ciberurbe: Ciberurbe é a dimensão informacional na nova relação entre a esfera midiática, através das mídias locativas, e o espaço urbano. As trocas informacionais emergem de objetos que emitem localmente informações que são processadas através de artefatos móveis e novas práticas de mobilidade comunicacional, criando novas relações sociais com o espaço.

Geotags: tipo de mídia locativa cujo objetivo é agregar informações digitais na forma de mapas, podendo ser acessada em dispositivos móveis, como o telefone celular ou laptops. Mapeamento e

Monitoramento de Movimento: é um recurso que permite traçar o percurso de uma determinada pessoa, localização de uma empresa, trajetos de cidades, trânsito, paisagens, ou representar os espaços que determinado fato relevante aconteceu. Isso é possível através de funções de localização aplicadas ao mapeamento (mapping) e de monitoramento de movimento (tracing) do espaço urbano.

Mashup: mistura de dados provenientes que usa conteúdo de mais de uma fonte para criar um novo serviço completo.


Ana Luiza Ferreira
Carolina Reis
Inês Amorim
Fernanda Mendes
Fernanda Torquato
Marcela Sia
Paula Resende
Samira Calais

Jornalismo e Mapas - Onde mapear

Pode-se fazer um mapeamento através de duas plataformas simples de serem usadas. A primeira delas é o Google Maps.

O Google Maps é um dos serviços da Google que permite a pesquisa e visualização de mapas, imagens de satélite. Por ele é possível traçar rotas e fazer localizações espaciais em qualquer parte do mundo. Além disso, ao possuir um cadastro com a empresa, é possível ao internauta colocar conteúdo nos mapas.

Outro exemplo de visualização espacial é o Google Earth, que pode ser licenciado ou não-licenciado (gratuita), sendo que esta possui menos recursos que a primeira. Pelo Google Earth é possível o acesso a fotografias de satélites em terceira dimensão.

O Yahoo! Maps, da empresa Yahoo! é outra plataforma que permite a visualização de localidades. Ele possui menos recursos que os mapas do Google; não permite a criação e contribuição de conteúdo, os recursos são limitados e apresenta apenas um tipo de visualização (pelo Google você pode ver seu mapa por visualização de satélite, por terreno e a normal).


Ana Luiza Ferreira
Carolina Reis
Inês Amorim
Fernanda Mendes
Fernanda Torquato
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Jornalismo e Mapas - E lá no exterior?

A utilização de mapas como recurso do jornalismo é muito explorado no exterior.

O Washington Post, edição online do jornal diário americano The Washington Post, publicou um mapa após as eleições de 2008 para a presidência dos Estados Unidos que demarcava em cada município do país a margem de vitória de Barack Obama e de Jonh McCain. Os índices de vitória são representados por uma coluna que cresce na vertical em proporção ao número de vitórias.

Esse mapa era visualizado de três formas: somente com os índices de Obama, ou somente as vitórias de McCain, ou ainda, mesclando os índices de vitórias dos dois candidatos no mesmo mapa. As informações adicionais ao mapa são as legendas indicando que a cor vermelha no mapa corresponde a McCain e a azul representa Obama. No canto direito há a explicação de como é calculado o índice de vitória, que foi feito em cada município, subtraindo os votos perdidos dos votos ganhos, de cada candidato.

Índices combinados de Obama e McCain



O mesmo site também possui um mapa interativo de notícias, chamado Time Space, que permite navegação por notícias, fotos, vídeos e comentários de vários lugares do mundo. Ele é um mapa que está fixo no site e recebe constante atualização. No Time Space existe o recurso de uma linha do tempo de notícias passadas e através dela é possível customizar a busca de notícias, modificando o dia e a hora específica que o usuário deseja encontrar.

Informações mundiais mapeadas no horário delimitado



Já o site espanhol Elpais.com publicou um gráfico interativo sobre a gripe “suína”. A partir de um mapa do mundo, o Elpais indica os casos confirmados e as mortes causadas pela gripe A (H1N1). As bolas rosas representam a quantidade de casos confirmados da gripe “suína” e as bolas vermelhas mostram o número de mortos, em cada país. As bolas aparecem em vários tamanhos, quanto maior a bola maior o número de pessoas infectadas ou mortas com a gripe A. O gráfico também apresenta mais duas representações em multimídia, uma mostrando como o vírus H1N1 é transmitido de porco para porco, e outra mostrando como o vírus é transmitido para humanos.

Localidades mais atingidas pela doença



O Elpais também criou um gráfico interativo que retrata a partir de um mapa da rota do Air Bus A330-200 da Air France, desde a sua saída do Rio de Janeiro até o acidente, à 1500 km do ponto de partida. O gráfico tem uma linha do tempo com horários e comentários sobre o que aconteceu em cada hora indicada na linha. Ele ainda disponibiliza mais quatro tipos de informações em multimídia: simulação do acidente; a busca pelo Air Bus; as hipóteses da causa do acidente e dados gerais sobre o avião.

Rota e horários da tragédia da Air France

Ana Luiza Ferreira
Carolina Reis
Inês Amorim
Fernanda Mendes
Fernnda Torquato
Marcela Sia
Paula Resende
Samira Calais