quinta-feira, 25 de junho de 2009

Infografia: conceitos

A partir da evolução técnica em editoração houve um avanço na produção editorial, principalmente no que tange aos infográficos, que passou a ser usado constantemente. Foi se então descoberto a importância de se conjugar textos com imagens para melhorar a comunicação. Portanto, a evolução da infografia está atrelada ao desenvolvimento das possibilidades técnicas, bem como pelo desenvolvimento de softwares, capazes de incorporar inovações na parte de desenhos e ilustrações.

Alberto Cairo, professor de gráficos de informação e multimídia na Escola de Jornalismo da Universidade da Carolina do Norte (Chapel Hill, EUA) define infográfico como: (...) “ramo do jornalismo que usa a arte, tomando emprestadas ferramentas do design gráfico, da ilustração, da cartografia, da estatística e de muitas outras disciplinas”.

Já De Pablos (1999) coloca a infografia como sendo uma “informação visual que existe desde a primeira união comunicativa entre um desenho ou um pintura enfatizados por um texto alusivo”.

A partir desses conceitos devemos entender como a infografia se desenvolveu ao longo do tempo, entendo como ela é e foi utilizada e cada meio. Desse modo, os primeiros infografistas eram artistas que buscavam passar alguma informação através de uma pintura e/ou desenho. Nesse sentido, o precursor do vínculo artista-máquina foi Abraham Palatnik, que, no final dos anos 40, criou a luz artificial em movimento valendo-se de mecanismos que projetavam formas abstratas numa tela de dimensões médias. No Brasil, a tecnologia a serviço da arte se deu em 1968 com Waldemar Cordeiro e Giorgio Moscati que realizaram trabalhos de ‘computer art’, vindos da arte concreta.

Com a democratização dos computadores, softwares e da informática como um todo, foram sentidas grandes modificações no campo da infografia. Em 1995, por exemplo, tivemos uma exposição de Arte/Tecnologia no Museu de Arte Contemporânea da USP, em São Paulo. O objetivo era mostrar como as produções artísticas recentes se utilizavam dos recursos tecnológicos.

A infografia, como técnica, proveio então da união entre arte + informática. A criação de infográfico está alicerçada na imagem digital e numérica, os chamados pixels, sendo que cada ponto (ou pixel) é qualificável e quantificável separadamente quanto a sua cor, textura, luminosidade e a localização a que se refere. Desse modo, Oliveira (1997) acredita que a arte pode servir como um espectro da realidade, sendo que a tecnologia pode estar a esse serviço.

No meio impresso, a infografia é utilizada desde os primórdios, sendo que a Guerra do Golfo é considerado um marco na infografia no jornalismo mundial. Por não haver fotografias nem imagens do conflito havia a necessidade de se apropriar de algo além das notícias.

Na Web a infografia aparece de dois modos: como informação complementar de uma notícia, geralmente servindo de ilustração para o texto, ou como a própria notícia, a informação principal. Desse modo, a infografia multimídia apresenta as mesmas características da impressa, porém por ser realizada através de outros recursos tecnológicos, ela agrega potencialidades do meio. O marco para a infografia multimídia se de em 2001, no atentado terrorista de 11 de Setembro nos EUA.


Grupo: Ana Paula Nunes , Débora Bravo,Gabriele Maciel, Mariana Andrade, Maristella Paiva e Mônica Bento - estudantes do 7º Período do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFV.

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