sexta-feira, 26 de junho de 2009

Newsgames: a informação em forma de jogos

Os NewsGames são jogos feitos a partir de acontecimentos e informações verídicas, daí a palavra “News” no termo, podendo ser definidos grosso modo, como a notícia em forma de game, isto é, inserida no universo da internet banda larga, a informação é transmitida de forma atrativa, sendo adaptada para ser apreendida e entreter ao mesmo tempo. Com o advento de novas tecnologias, cada vez mais o jornalismo tem feito uso de novas ferramentas para inovar as formas de divulgação de notícia. Dessa forma, a web tem sido palco de formas criativas de veiculação informativa, como é o caso de newsgames, cujos conceitos tem a ver com a evolução dos serious games e têm a ver com uma nova forma de produzir a notícia: através de jogos interativos.
Para Tiago Dória, Newsgames é um conceito que surgiu, mais ou menos, em 2003 e refere-se a jogos feitos com base em notícias ou um acontecimento em curso. Desde o ElPais até o The New York Times já fizeram alguns experimentos com o formato.
Mas já em 2002, o jornal El Mundo online publicava infográficos digitais. Havia então, a mistura de ilustrações, informações e uma base narrativa que contribuiu para o surgimento dos chamados NewsGames, jogos feitos a partir de acontecimentos e informações verídicas.
Mas é em 2004, que surge a primeira experiência no exterior, com o jornal espanhol El País, chamado Play Madrid. O newsgame busca manter acesa a lembrança da tragédia ocasionada pelos ataques terroristas na capital. A primeira experiência no Brasil foi iniciativa do G1, em outubro de 2007.
Os NewsGames ainda estão em consolidação pelo pouco tempo da criação do primeiro jogo. e pelas poucas experiências no Brasil e no mundo. A aposta neste novo formato de disponibilizar o conteúdo noticioso está pela franca expansão da indústria de games que só em 2007, rendeu US$ 9,5 bilhões. Outro fato é que pesquisa feita por Howard Finberg, um dos diretores da Poynter, afirmou que a taxa de retenção de informação em um Newsgame é de 70 a 80%, enquanto num meio com texto e elementos multimídia (áudio e vídeo) a taxa é de 50%. Soma-se a isso, que o jornalismo tradicional, que prima pelo lead e pirâmide invertida vem sofrendo uma significativa perda de mercado.
Aí entra uma polêmica se esse novo formato de disponibilizar as notícias é jornalismo ou não. Para os que defendem os newsgames como uma nova forma de jornalismo um dos argumentos é que eles fazem a apropriação de narrativas de diversas linguagens: texto, vídeo, gráficos, e que ainda conta com a participação do leitor, chamado por Deak (2007) de usuário.
Já os argumentos que afastam os newsgames do jornalismo é a associação feita entre os jogos e o entretenimento. Esse teria um potencial alienante, em seu sentido puro, ligado a indústria do entretenimento. Segundo Deak (2007), os instrumentos desenvolvidos pela mesma podem ter um viés alienante, mas também podem ser utilizadas para educação ou para o jornalismo.
Nos posts a seguir, o internauta poderá ver o que dizem pesquisadores sobre esse novo formato, experiências no Brasil e no Exterior e um reflexão se o NewsGame é jornalismo ou não.

Os responsáveis por este trabalho são: Agnaldo Montesso, Fernanda Couto, Gisele Nishiyama, José Tarcísio Filho, Luciana Melo, Lúcio Érico, Mário Vítor Filho, Sabrina Areias

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